Tempo, tempo, tempo, o tal guerreiro que vem por curar tudo, tentando nesse tic-tac do passar compassar de cada andar, faz voar e sem guardar o que ainda faz sofrer, tempo velho, tempo bom, que de lembranças faz encher e o meu peito só doer, faz o dia amanhecer e a memória se perder, faz com que a gente não se apresse por andar sem prece.
Refiz cada pedaço com os retalhos que restaram, todos que com o compassar se desperdiçaram, se rasgaram, mas não acabaram, ali estão por estar só a esperar o que nem eles mesmo sabem se o remendo aguentará se a todo e a qualquer momento ameaça arrebentar os pontos e acabar com o “nós”, dói.
Mas passa o tempo o tempo passa, e ainda vem brilhar, cada vez aquele sorriso ao te ver passar, só posso imaginar o que um dia será do “nós” se cada segundo de tempo acabamos sós, no abraço que se faz o lar volta e meia abandonar, e com todo e tamanho querer ainda corre o risco do tempo esquecer e assim deixar, por tristonho, passar.