terça-feira, 5 de abril de 2011

E é de tanto sentir.

Saudades em que o tempo era nada, e o nada era tudo;
Que passava, que passou ...
Se foi, bem em meus olhos;
Meus olhos nos quais, hoje, olham avante;
Sem pensar, sem passar, sem olhar para o passado;
Aquele que foi levado de minhas mãos com o sopro do vento enfurecido com o tempo que havia perdido sem saber;
E hoje é possível sentir saudades até do que ainda não vivi;
Hoje é possível aproveitar o inaproveitável;
É possível viver para sentir saudades do que foi bom, e de algum modo sempre será;
Sinto saudades de amigos,
Amigos, que vem e vão, vem e vão, vem e vão;
Quase tão suave quanto o balanço do mar em sua calmaria...
Sinto, vejo, passar dia após dia, cada vez mais rápido,
Cada vez menos controlável;
Me pego à sentir medo,
Medo de perder,
Medo até de ganhar,
Medo!
Medo de tudo isso que não vai voltar, medo do que vai chegar, medo do desconhecido.
Me apavora, me sufoca, saudades...

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